Fonte: Blog CAE Healthcare
Dados recentes indicam que a taxa mundial de nascimentos por cesarianas está acima de 15%, sendo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda uma “taxa ideal” para o procedimento entre 10% e 15%.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o parto cesárea é o tipo mais comum: o total de cirurgias cesarianas chega a 55,5%; em hospitais particulares o índice pode atingir 84%. Nos EUA, o número chega a 32,9%.
Em 2015, a OMS fez um apelo para reduzir o número de cesarianas desnecessárias, afirmando que o uso excessivo do procedimento pode aumentar os riscos e comprometer o bem-estar das mulheres e de seus bebês.
O parto por cesariana – cirurgia na qual é feita uma incisão na parede abdominal e no útero de uma mulher grávida para dar à luz – pode ser clinicamente necessário por várias razões (por exemplo, emergências obstétricas com risco de vida; situações em que o parto vaginal não é seguro nem viável). Outras vezes, o procedimento pode ser uma questão de escolha pessoal da própria gestante.
Independentemente das condições que resultam em uma cesariana, é uma cirurgia que não está livre de apresentar riscos para a mãe e para o filho, pelo contrário.
De acordo com especialistas de saúde, quando comparado ao parto normal, o procedimento é considerado duas vezes mais perigoso para as mães, com tempo de recuperação maior e alta taxa de mortalidade. Além disso, por ser uma operação, aumentam os riscos de hemorragia ou infecção e, no caso dos bebês, ocorrem mais problemas respiratórios, diabetes e aumento da pressão sanguínea.
Por isso, é essencial que as equipes de clínicas e de hospitais estejam bem treinadas para minimizar a mortalidade e morbidade do paciente e do bebê.
Mas, simplesmente diminuir o número de cesarianas é a melhor e mais absoluta solução? Ou pode haver outras alternativas que possam fornecer às mulheres as opções de parto que elas desejam e a atenção à qualidade dos cuidados e à segurança do paciente que elas merecem?
Estudo: aprendizagem baseada em simulação na técnica cesariana
Há uma grande necessidade de capacitação para preparar as equipes de profissionais da área da saúde que atuem na assistência materna para responder a emergências obstétricas que exigem resposta rápida, habilidades técnicas, trabalho em equipe alinhado e uma comunicação eficaz.
A utilização da simulação em obstetrícia permite aos alunos treinar e experimentar diferentes cenários e pode contribuir para a evolução da qualidade do atendimento e aumento da segurança das mulheres e de recém-nascidos.
Em um estudo que buscou determinar a eficácia do ensino de habilidades obstétricas usando um simulador de cesariana (documentado na edição de dezembro de 2010 da Advances in Medical Education and Practice) verificou-se que os alunos que receberam treinamento com um simulador tinham “uma probabilidade significativamente maior de definir as etapas da cesariana (91% vs 61,5%) e se sentiam confortáveis em ajudar a cesariana (100% vs 46,15%), pois eram capazes de identificar as camadas do abdome abertas durante a cesariana”.
Todos os alunos do grupo simulador relataram sua experiência favoravelmente.
Treinamento realista em emergências obstétricas e apoio à cesariana
O simulador de parto CAE Lucina da CAE Healthcare foi desenvolvido para médicos e equipes interprofissionais que gerenciam partos normais, bem como complicações no parto e emergências obstétricas.
Construída em uma plataforma revolucionária de hardware e software com pele realista, articulação dos membros e sinais vitais mensuráveis para o feto e a mãe, Lucina oferece oportunidade para o suporte ao treinamento da equipe de seção C, que permite que os alunos se preparem melhor para lidar com esses cenários de parto.
Lucina é o único simulador de parto de alta fidelidade com fisiologia materna/fetal integrada modelada e validada.
O CAE Lucina oferece treinamento realista e confiável em várias manobras de parto (como Leopold, McRoberts, Zavanelli, Rubin II e Manobras de Parafuso de Woods) e cenários de atendimento de emergência (parto vaginal instrumental, hemorragia de Classe III, parada cardiorrespiratória) que exigem trabalho em equipe eficiente e que salva vidas.
Melhore a cultura de segurança do paciente com soluções avançadas de treinamento em saúde.
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