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Poliana de Abreu Brito, uma criança feliz – como todas devem ser

Hoje com 10 anos de idade, Poliana de Abreu Brito foi diagnosticada com Má Formação do Nervo Óptico ainda bebê. O inesperado e desconhecido de então levaram os pais dela a trilharem caminhos em busca da melhor qualidade de vida para a filha, que foi alfabetizada em Braille, é uma das alunas com notas mais altas de sua classe, está sempre interessada em aprender e, com isso, também ajudou os pais a aprenderem mais e mais. “Levamos uma vida normal, porque a Poliana se adapta a qualquer situação. Ela faz ballet clássico e já fez vários cursos de informática”, conta Izabel, mãe de Poliana. No ambiente escolar, Poliana foi matriculada em uma escola regular, porém sem preparação completa para receber crianças cegas; e o aprendizado de Braille dela e de seus pais foi acontecendo paralelamente às aulas. Poliana não tem professores formados em Braille, e por isso, os livros e apostilas são feitos por conta própria ou, quando esta opção não acontece, os estudos e lições são lidos em voz alta pelos pais para que Poliana então responda ao digitar em sua máquina de escrever. Nos primeiros anos, ela fazia as provas oralmente. Mas graças à insistência de Izabel, desde o segundo semestre do ano passado, as provas de Poliana são oferecidas também na escrita criada pelo francês Louis Braille.

Ela tem algumas matérias preferidas. Ciências e Português, segundo Izabel, estão entre estas. Mas as provas de Matemática também costumam chegar com notas acima de 9. Poliana vai bem em todas as matérias escolares.

E aprecia muito o hábito da leitura. Dentre os livros que ela já leu (alguns a pedido dos professores) estão ‘A Colcha de Retalhos’, ‘A Bolsa Amarela’, ‘As Guardiãs da Natureza’ e ‘Meu Pé de Laranja Lima’. Além de outros clássicos: ‘Cinderela’ e ‘Os Três Porquinhos’, por exemplo. Alguns destes feitos na Gráfica Braille da Civiam.

“A Poliana veio para nos ensinar muitas coisas. Temos mais para aprender com ela, do que para ensiná-la”, resume Izabel. Um dos principais objetivos dos pais de Poliana é que ela se forme em uma faculdade, mesmo com todas as dificuldades de inclusão para pessoas cegas no ambiente escolar. E, por tudo o que lemos até aqui, sabemos que isto se concretizará grandiosamente.

Até a próxima!

Redação Civiam

Entrevistas, histórias reais e conteúdo sobre diversos aspectos ligados às Tecnologias Assistivas e à educação na saúde.

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