Fonte: Blog Body Interact
Você pode nunca ter pensado nisso, mas a simulação sempre esteve aqui. De fato, Lorraine Betts, uma Educadora de Enfermagem, acredita que agora só temos conceitos mais formais de educação e treinamento e estamos dando uma definição mais clara.
Pacientes virtuais, manequins de habilidades, simuladores de alta e baixa fidelidade além de simuladores de pacientes são algumas das melhores ferramentas de simulação disponíveis. No entanto, o segredo para tirar o máximo proveito disso é a maneira que escolhemos combiná-los e integrarmos na metodologia de educação.
“Temos que pensar não melhor, mas diferente, mais rápido”
Os estudantes estão mudando. Eles exigem respostas mais rápidas, têm sede de conhecimento, querem treinar suas habilidades de pensamento crítico e tomadas de decisão.
Os futuros enfermeiros e médicos estão dispostos a praticar tudo o que aprenderam o mais rápido possível.
Do lado dos pacientes, o professor afirma que o crescente desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação proporciona aos pacientes acesso a mais e mais dados.
Eles estão se tornando mais envolvidos, mais informados e vivendo mais, o que, para a saúde, significa “mais complexidade e um número cada vez maior de pacientes com um diagnóstico pronto”, explica Lorraine
“Transfira o conhecimento para qualquer situação que você tenha”
É o trabalho de um educador ensinar os alunos a usar as ferramentas adequadamente e certificar-se de que eles estejam todos treinados de forma eficiente e prontos para cuidar dos pacientes no mundo real.
Lorraine também acrescenta que eles precisarão ser capazes de reconhecer quando aparecerem mudanças sutis. Por exemplo, “embora um paciente apresente um ataque de asma, os alunos têm que pensar em todas as outras possíveis complicações e variáveis”, ilustra ela.
Seja para o aprendiz ou para o professor, Lorraine afirma que “sempre haverá coisas que os profissionais aprenderam, mas nunca fizeram antes e, de repente, conseguiram fazê-lo, porque é seu paciente”.
Por essa razão, o professor Paulo, da cadeira de Medicina da Universidade de Medicina de Coimbra, referiu que é vital a educação de profissionais de saúde para “pensar sobre a situação, refletir sobre ela e depois tomar uma decisão”.
Lorraine, por sua vez, dá 3 conselhos importantes para futuros enfermeiros e médicos:
- Saiba como avaliar seu paciente corretamente.
- Saiba como verbalizar e se comunicar com sua equipe.
- Saiba o que você sabe e admita o que você não sabe. Não tenha medo de pedir ajuda. Sempre haverá alguém disposto a ajudá-lo.
“Trata-se de dar uma oportunidade para colocar em prática o que aprenderam na aula”
No Body Interact, os alunos assumem o papel principal na ação. Eles são os responsáveis pelos pacientes e têm que tomar todas as decisões por conta própria.
A qualquer momento, o educador pode pausar o cenário e perguntar aos alunos as razões por trás do que estavam fazendo: “Por que você está fazendo isso? Me fale sobre isso.
Por um lado, os educadores devem interferir no momento em que os alunos não estão pensando corretamente, quando estão mais concentrados na tarefa, em vez de olhar para todo o quadro.
Mas, por outro lado, também é o momento perfeito para permitir erros, afinal, como a professora de enfermagem mencionou, “o aprendizado vem no debriefing” após cada caso.
Lorraine defende que o Body Interact permite que você adquira um olhar de forma mais holística. Isso lhe dá a oportunidade de se tornar um profissional melhor em termos de “saber o que você sabe e o que você não sabe”.
Como o professor Paulo Martins conclui, é a possibilidade de repetir uma resolução de caso ou uma tarefa específica que melhora a prática.
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