TO de Fortaleza, Rafaela Páscoa nos conta nesta entrevista sobre sua escolha pela profissão, sobre sua clínica recém-inaugurada e fala sobre o uso do Tobii PCEye como recurso de comunicação
Uma criança que dizia que queria trabalhar como médica para cuidar de ossos entendeu, alguns anos mais tarde, que aquela maneira simples de falar era, na verdade, a manifestação precoce da vontade de reabilitar pessoas. Após tentar o vestibular para Fisioterapia, Rafaela Páscoa ouviu falar pela primeira vez da profissão de Terapia Ocupacional. Se inscreveu novamente no vestibular, ainda sem saber exatamente o que faz um terapeuta ocupacional: “Bastou o primeiro semestre para eu saber que tinha feito a melhor escolha da minha vida. Descobri que não somente iria poder reabilitar ossos, mas reabilitar pessoas no seu contexto biopsicossocial”, conta Rafaela, hoje com 38 anos de idade e 14 de profissão.
Depois de concluir uma pós-graduação em Desenvolvimento Infantil, Rafaela passou algum tempo em Piauí, onde trabalhou com crianças na maternidade Parnaíba. Ela também trabalhou com crianças na APAE, mas sempre em paralelo ao seu trabalho com adultos – em vários locais. Voltou a Fortaleza e eventualmente começou na UNIFOR (Universidade de Fortaleza): “Considero o tempo que passei lá como o meu grande momento como terapeuta ocupacional; estava sempre cercada por alunos e professores e isso me fez crescer muito profissionalmente. Apesar da minha experiência nas demais áreas, o que mais me satisfazia era poder atender pacientes adultos e crianças com necessidades motoras”. Rafaela Páscoa enfatiza que, independentemente da idade do paciente, o que a move é a vontade de colocar seu melhor em cada atendimento. Diante de todas as experiências profissionais e desta vontade, Rafaela pensou no modelo de reabilitação integrado onde o cliente/paciente basicamente será avaliado por uma equipe interdisciplinar e terá seu plano de tratamento totalmente direcionado para a sua necessidade principal, sendo atendido por profissionais de diferentes especialidades. Isso se tornou a ADAPTRO – Centro de (Re)Habilitação Integrado, que foi oficialmente inaugurado em setembro de 2015, e atende em sua maioria, pessoas com síndromes genéticas, lesão medular, AVC, autismo, traumatismo crânio encefálico, atraso de desenvolvimento, entre outros diagnósticos.
Mas cuja semente já existia há mais tempo. Segundo a terapeuta ocupacional, o nome Adaptro surgiu da necessidade de registro dos produtos de tecnologia assistiva confeccionados por Rafaela, há anos.
Dentre os diferentes meios de reabilitação disponíveis na Adaptro, há os equipamentos de tecnologia assistiva Tobii PCEye Go, Beamz e Skoog (estes dois para musicoterapia). Sobre o PCEye, dispositivo de rastreamento ocular utilizado para proporcionar uso do computador e de outros recursos cotidianos por pessoas sem os movimentos da mãos e (dependendo do caso) sem a fala, Rafaela conta que o considera um potente recurso não só de comunicação mas também terapêutico. Recentemente, inclusive, ela realizou em parceira com a Civiam um workshop em sua clínica para profissionais e usuários conhecerem melhor estes equipamentos de tecnologia assistiva.
A TO explica que também encontra problemas e dificuldades pelo caminho, mas resume sua escolha profissional da seguinte maneira: “É muito bom fazer o que amamos, e eu amo minha profissão! A clínica Adaptro surgiu desse amor”.
Com certeza, Rafaela!
Mais sobre a clínica.
Até a próxima!