No Dia Mundial de Combate ao Câncer, comemorado hoje, no dia 4 de fevereiro, ressaltar a importância do diagnóstico precoce no tratamento da doença é imprescindível por se tratar de uma patologia que é a segunda causa de morte no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2018, houve 9,6 milhões de mortes por câncer no mundo, e cerca de 70% dessas mortes foram registradas em países de baixa e média renda.
A data é coordenada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC), instituição que reúne mais de mil organizações ligadas ao câncer em cerca de 160 países e conta com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com recentes dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), órgão auxiliar do Ministério da Saúde no desenvolvimento e na coordenação das ações integradas para a prevenção e o controle do câncer no Brasil, para cada ano do triênio 2020-2022 ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O cálculo global corrigido para o sub-registro sugere a ocorrência de 685 mil casos novos. Ainda de acordo com o Instituto, o câncer é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e os dados mais recentes de 2018 registraram a ocorrência de 17 milhões de casos novos de câncer e 9,5 milhões de mortes – excluindo os casos de câncer de pele não melanoma. O câncer de pele não melanoma será o mais incidente com 177 mil casos, seguido pelos cânceres de mama e próstata com 66 mil ocorrências cada, cólon e reto com 41 mil, pulmão com 30 mil e estômago com 21 mil casos.
A importância do diagnóstico precoce
A habilidade de saber manusear os equipamentos de exames em laboratórios ou em hospitais, como ultrassons, ressonância magnética e raio X, biópsia, entre outros, são fundamentais para que o profissional da saúde possa avaliar a existência dos nódulos malignos, um dos sintomas do câncer.
Antigamente, era também comum a prática de profissionais da saúde treinarem suas habilidades utilizando blocos de carnes frescas ou frutas, o que poderia acarretar o desenvolvimento de fungos e bactérias e causar a contaminação dos equipamentos hospitalares, além do ambiente. Com a substituição, ao longo dos anos, pelos manequins de habilidades, médicos e profissionais da área da saúde, além de estudantes, passaram a treinar de forma contínua e segura, livre de contaminações de microorganismos e, principalmente, de modo a aprimorar suas competências, além da autoconfiança por estarem treinando com equipamentos e não em pacientes reais, onde há a possibilidade de erros. No caso dos diagnósticos de câncer, uma das grandes vantagens que o treino em manequins possibilita é a quantidade de diagnósticos inconclusivos na execução de procedimentos de biópsia.
Câncer de mama: a importância do autoexame
De acordo com dados do INCA, o câncer de mama é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte, onde o câncer do colo do útero lidera o ranking. O câncer de mama é o tipo mais comum para mulheres em 154 dos 185 países em um estudo de 2018 da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer da OMS.
Além dos exames em laboratórios e hospitais, um dos grandes alertas à população no Dia Mundial do Câncer é a autopercepção, como a autoavaliação no caso do câncer de mama. Vale lembrar que os nódulos mamários benignos são responsáveis por até 80% das massas palpáveis e, quanto mais conhecimento a mulher tiver em saber diferenciá-los de um nódulo maligno, por exemplo, maior será a probabilidade de sucesso em relação ao tratamento do câncer pelo diagnóstico precoce.
Exatamente por isso é que os médicos ginecologistas têm papel fundamental ao ensinarem as pacientes a fazerem o autoexame das mamas não só na detecção dos nódulos, mas principalmente na diferenciação entre ingurgitamento mamário de um nódulo ou no caso de nódulos de células adiposas para um nódulo maligno.
Para treinar as diferentes patologias que podem acometer os seios e saber identificar os sintomas do câncer, a Coleção de mamas com diferentes patologias (10 peças) é um recurso educacional que ajudará as mulheres no reconhecimento do nódulo cancerígeno, além de capacitar estudantes e profissionais da área da saúde: https://simulacaomedica.civiam.com.br/produto/colecao-de-mamas-com-diversas-patologias-10-pecas/. Além da diversidade da saúde geral das mamas, a coleção traz quatro tonalidades diferentes de pele.
Outro simulador que torna a experiência da paciente ainda mais real no aprendizado da detecção do câncer de mama, por exemplo, é o Simulador de vestir para exame e auto exame de mamas, desenvolvido para ser vestido e, assim, permitir que a usuária apalpe a mama na posição correta e possa detectar o câncer em diversos estágios. Os locais e a sensação das lesões são fornecidos com a máxima precisão, favorecendo o reconhecimento dos sintomas, o que torna o treino no simulador uma importante ferramenta educacional à população na detecção precoce do câncer de mama.
Câncer de próstata
Segundo o INCA, no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma), sendo também, em valores absolutos e considerando ambos os sexos, o segundo tipo mais comum da doença. A taxa de incidência é maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.
Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Alguns desses tumores podem crescer de forma rápida, espalhando-se para outros órgãos e podendo levar à morte. A maioria, porém, cresce de forma lenta que não chega a dar sinais durante a vida, sendo baixa a ameaça à saúde do homem.
O treino de habilidades em um simulador de exame de próstata capacita estudantes e profissionais da saúde quanto às técnicas em relação à prática exigida, mas, principalmente, sem causar danos ou constrangimentos a pacientes reais, além do fato de possibilitar que os usuários tenham contato com diferentes patologias, que talvez não encontrassem em pacientes reais.
Câncer de cólon e reto
O câncer de intestino abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Também é conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, sendo o terceiro tipo da patologia mais incidente.
É tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso.
Por isso, o diagnóstico precoce por meio dos exames adequados (pesquisa de sangue oculto nas fezes, colonoscopia e retossigmoidoscopia) é essencial na detecção desse tipo de câncer para o tratamento ser iniciado o quanto antes, aumentando, assim, as chances de sobrevivência do paciente.
O simulador de exame retal avançado oferece treinamento realista nas principais habilidades do exame digital do reto. O modelo vem com uma gama de próstatas e dois períneos, permitindo que os alunos e os profissionais de saúde comparem com os resultados normais e anormais e adquiram habilidades diagnósticas fundamentais. Ilustrações anorretal externas são ideais para incorporação em cenários e avaliações da OSCE. Oferece um esfíncter anal contraído, permitindo a avaliação do tom anal e um clipe de impactação fecal no módulo.
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o segundo mais comum em homens e mulheres no Brasil (sem contar o câncer de pele não melanoma), sendo considerado o primeiro em todo o mundo desde 1985, tanto em incidência quanto em mortalidade, segundo informações do INCA.
No Brasil, a doença foi responsável por 26.498 mortes em 2015. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis. Em cerca de 85% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. A taxa de sobrevida relativa em cinco anos para câncer de pulmão é de 18% (15% para homens e 21% para mulheres), sendo que apenas 16% dos cânceres são diagnosticados em estágio inicial (câncer localizado) para o qual a taxa de sobrevida de cinco anos é de 56%.
Por isso, para aumentar ainda mais as chances de sobrevivência do paciente, é imprescindível o diagnóstico precoce com profissionais aptos a realizarem os exames que possam detectar a presença do câncer.
Câncer de estômago
Segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer de estômago também é chamado de câncer gástrico, sendo o adenocarcinoma responsável por cerca de 95% dos casos de tumor do estômago. No Brasil, o câncer de estômago é o terceiro tipo mais frequente entre os homens e o quinto entre as mulheres.
Outros tipos de tumores, como linfomas e sarcomas, também podem ocorrer no estômago. Os linfomas são diagnosticados em cerca de 3% dos casos; já os sarcomas são tumores raros, iniciados nos tecidos que dão origem a músculos, ossos e cartilagens. Um tipo que pode afetar o estômago é o tumor estromal gastrointestinal, mais conhecido como GIST.
O adenocarcinoma de estômago atinge, em sua maioria, homens por volta dos 60-70 anos e cerca de 65% dos pacientes têm mais de 50 anos.
O diagnóstico do câncer de estômago só é possível por meio de uma biópsia, que geralmente é feita durante um exame de endoscopia. Por isso, é imprescindível que o profissional da saúde esteja capacitado em relação às suas habilidades, que podem ser treinadas em simuladores de endoscopia que trazem maior confiança aos estudantes e profissionais da área da saúde nas técnicas dos exames endoscópicos para que detectem o câncer de estômago durante o procedimento dos exames.
Fontes:
https://www.cnnbrasil.com.br/saude/quais-canceres-sao-mais-comuns-e-mais-mortais/
https://www.scielo.br/j/rbgo/a/WNYzrcNtfVfCYWhRnCpT45m/?lang=pt
