
Um grupo de mães com filhos autistas e com necessidades complexas de comunicação que se uniu com o objetivo de estudar e divulgar informações sobre a Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) no Brasil. Esse foi o motivo que originou, em abril de 2019, o ComunicaTEA, fundado pelas mães Camila Marta, Andréa Cyrillo, Larissa Bisol, Renata Diniz, Renata Bonotto, Patrícia Coutinho, Tatiana Bley, Candida Andrade e Ana Claudia Neiva.
E em março de 2020, o grupo criou o perfil @comunicatea_pais no Instagram, onde passou a publicar regularmente informações atualizadas e materiais para famílias e profissionais, de forma totalmente gratuita. Atualmente conta também com perfis no Facebook (Comunicatea Pais), no Youtube (Comunicatea Pais) e o site www.comunicatea.com.br. “Com o crescimento do ComunicaTEA nas redes sociais e o aumento da busca por informações sobre o tema, recentemente demos um passo à frente e constituímos a Associação ComunicaTEA, com atividade preponderante de desenvolver ações de fomento e contínuo desenvolvimento de conhecimento relativo à Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) no Brasil, para melhorar a qualidade de vida das pessoas com necessidades complexas de comunicação”, explica Camila Marta, Presidente do ComunicaTEA.
Hoje, a instituição conta com uma diretoria com mandato de dois anos, constituída por: Andréa Cyrillo (Vice-Presidente), Renata Diniz (Presidente Honorífica), Larissa Bisol (Secretária), Ana Claudia Neiva (Tesoureira), além de Camila (Presidente), e também conta com a consultoria técnica da linguista e consultora em tecnologia assistiva e CAA Renata Bonotto, sócia fundadora do ComunicaTEA, e da fonoaudióloga especializada em CAA e mestre em Ciências da Saúde, Alessanda Buosi, parceira do ComunicaTEA.

Por ser uma associação formada por famílias com pessoas autistas e necessidades complexas de comunicação, o foco do estudo do grupo é a Comunicação Aumentativa e Alternativa no autismo. “Entretanto, nossas ações beneficiam todos os indivíduos com necessidades complexas de comunicação. E um dos nossos objetivos futuros é formar parcerias com variadas associações para fomentar o conhecimento sobre a CAA em diversos grupos de pessoas com necessidades complexas de comunicação”, esclarece Andréa Cyrillo.
Além de ser fonte de informações às famílias, o ComunicaTEA também disponibiliza gratuitamente materiais traduzidos da língua inglesa para o português com conteúdo técnico atualizado e de qualidade sobre CAA nas redes sociais da organização, isso porque o idioma é uma das barreiras de acesso à informação atualizada sobre CAA. “Também disponibilizamos gratuitamente atividades tanto de autoria própria quanto de parceiros, sempre testadas antes da publicação”, complementa Larissa Bisol. O ComunicaTEA também promove lives, cursos, participação em eventos divulgando e fomentando conhecimento sobre CAA.
Entre as novidades para este ano, Camila diz que há a previsão do lançamento do curso do ComunicaTEA de CAA, ministrado por Renata Bonotto, Linguista e consultora em tecnologia assistiva e CAA, e Alessanda Buosi, fonoaudióloga especializada em CAA e na metodologia PODD e mestre em Ciências da Saúde.
“Além disso, pretendemos lançar, ainda neste primeiro semestre, uma cartilha, que é fruto de estudos que estamos desenvolvendo desde 2019, juntamente com o ComunicaTEAMM, grupo de estudo sobre CAA do Ambulatório de cognição social Dr. Marcos T. Mercadante (TEAMM), do departamento de psiquiatria da UNIFESP, coordenado pela Dra. Daniela Bordini e Dra. Graccielle Asevedo, do qual o ComunicaTea faz parte. Essa cartilha traz informações sobre a CAA, esclarecimentos das dúvidas mais comuns sobre o tema e demais assuntos relevantes. Será disponibilizada de forma gratuita em nosso site e o nosso desejo é que ela alcance todas as pessoas com necessidades complexas de comunicação”, explica Camila.
Para o segundo semestre, o planejamento é extenso e abrange cursos presenciais, criação de Comunidades Comunicativas e participação em grandes eventos, sempre com o objetivo de dar maior visibilidade ao tema. “Ainda existem muitos mitos acerca do uso de recursos alternativos de comunicação, o que acaba atrasando a intervenção e prejudicando o desenvolvimento das pessoas com necessidades complexas de comunicação, tais como o mito de que a CAA impede o desenvolvimento da fala ou ainda que existem pré requisitos para iniciar a CAA; que existe uma idade limite para começar, ou ainda que a CAA é o último recurso. É importante evidenciar que a fala é apenas uma forma de se comunicar, que a comunicação é multimodal e devemos valorizar todas as formas de comunicação. E a CAA oferece um caminho para a superação de barreiras de comunicação, pois atua como apoio para a comunicação e para os processos de aprendizagem e desenvolvimento. Por isso, a importância de desenvolvermos ações de divulgação para que a CAA seja cada vez mais conhecida”, esclarece Larissa.
Quem tiver dúvidas pontuais pode enviar mensagens através das redes sociais do ComunicaTEA que, sempre que possível, a equipe responde por meio de consultoria de profissionais parceiros. E aos interessados em conhecer mais sobre o trabalho do grupo, acessem as redes sociais:
comunicatea.com.br
@comunicatea_pais/