O Dia Internacional da Linguagem de Sinais, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) e celebrado dia 23/9; e o Dia Nacional dos Surdos, comemorado em 26/9, marcam a última semana do mês de setembro, considerado “Setembro Azul”, ao representar a luta da comunidade surda por seus direitos.
Além disso, as celebrações têm como objetivo propor a reflexão e o debate sobre a luta pela inclusão das pessoas surdas na sociedade, por isso a suma importância da divulgação e conscientização sobre a Linguagem de Sinais – sendo no Brasil a Língua Brasileira de Sinais (Libras) a principal forma de comunicação dessas pessoas, por meio da língua de modalidade gestual-visual, reproduzida através de gestos, expressões faciais e corporais, possuindo um alfabeto e estrutura linguística e gramatical próprios.
Para quem tem interesse em aprender Libras, a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência, em parceria com o Centro de Tecnologia e Inovação (CTI), oferece o curso básico online e gratuito da Língua Brasileira de Sinais (Libras). As turmas abrem sempre no início de cada mês, por isso, é preciso acompanhar as redes sociais da Secretaria, onde são anunciadas as inscrições alguns dias antes do início do curso. A próxima turma deve ser anunciada no início de outubro.
As aulas são ministradas por professores surdos com formação específica na área e a capacitação tem um total de 40 horas, divididas em 30 horas de aulas ao vivo e 10 horas de atividades extras desenvolvidas ao longo do curso.
Inscrições e informações: www.PessoaComDeficiencia.sp.gov.br
Há também o Falaí Libras, uma plataforma fundada por Tainá Moser, que é CODA (termo em inglês que traduzido significa filhos de pais surdos, ou seja, crianças que são ouvintes e desde a infância aprenderam por conta dos pais a se comunicarem na língua de sinais), que oferece dois cursos: básico de Libras para ouvintes e outro específico para a área da saúde. “Apesar de não ser surda, a minha relação com a Libras é bem antiga. Afinal, faço parte de uma família com muitos surdos, aprendi Libras antes mesmo do português e trabalho com fonoaudiologia atendendo surdos diariamente e os ensinando também. A convivência com meus pais e alunos a vida toda me fez ver e sentir na pele a necessidade de incluirmos cada vez mais a comunidade surda em nosso dia a dia. Daí surgiu o Falaí Libras, a partir do sonho de ensinar Libras para a maior quantidade de pessoas possível, criando oportunidades, igualdade e inclusão”, diz em seu site.
Tainá, que tem mais de 270 mil seguidores em seu Instagram (@falailibras), salienta: “Costumo dizer que o surdo é um estrangeiro no próprio país e tenho certeza de que juntos podemos mudar essa realidade! Bora?”.
Fontes:
Instagram Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência