Importante ferramenta para um ensino mais seguro para o estudante e para o bem-estar animal

O uso de simuladores no ensino da Medicina Veterinária vem ganhando cada vez mais espaço como ferramenta de ensino, treinamento e aperfeiçoamento profissional, permitindo que estudantes e profissionais pratiquem habilidades clínicas, cirúrgicas e de manejo em ambientes controlados e seguros, sem comprometer o bem-estar dos animais.
A Universidade Anhembi Morumbi é pioneira no uso de simuladores na Medicina Veterinária ao inaugurar o Centro de Simulação em Medicina Veterinária há quase 10 anos: “Utilizamos a simulação na instituição desde 2014, sendo um dos nossos grandes diferenciais em relação a outras universidades. Além disso, abordamos não só a simulação realística, como também a comportamental”, destaca Aline Zoppa, Coordenadora das Clínicas Veterinárias da Anhembi Morumbi (Mooca/Paulista/Vila Olímpia/ São José Campos e Piracicaba), Professora de cirurgia há 25 anos e membro da ABROVET (Associação Brasileira de Oncologia Veterinária).

Ela explica que são em torno de 10 modelos de simuladores veterinários na instituição, sendo o SimSpay (simulador avançado de castração canina) uma das mais recentes aquisições da Anhembi Morumbi para melhorar ainda mais a capacitação dos estudantes. “A castração de cães envolve diversos riscos por ser uma cirurgia que exige a ligadura de vasos sanguíneos importantes e ocorre próxima a outras estruturas delicadas, o que aumenta consideravelmente o grau de dificuldade da técnica. Quando realizado de forma inadequada na cadela, o procedimento pode levá-la a apresentar hemorragias, persistência de ovários, ligaduras de outras vísceras, entre outras complicações”, ressalta a Coordenadora.
“Por isso, o treino no simulador permite abordar alguns pontos que são as principais dúvidas dos estudantes em relação à cirurgia de castração, tais como encontrar o útero e ovário dentro do abdômen em meio aos demais órgãos, reconhecer o ovário e tracioná-lo corretamente – sendo o rompimento das estruturas um dos principais receios dos estudantes -, além de realizar as ligaduras de forma adequada dentro da cavidade abdominal.”, explica Aline.
Os benefícios do uso dos simuladores
“A maior vantagem do treino em simuladores é que os alunos podem praticar várias vezes, de um jeito bem próximo ao real, sem colocar em risco o paciente nem a própria segurança. Além disso, a simulação permite ao aluno vivenciar a situação real inúmeras vezes e, dessa forma, estar melhor preparado para o atendimento real, que é repleto de desafios quanto ao conhecimento aliado à técnica”, enfatiza a Coordenadora e Professora Aline Zoppa.
Ela cita ainda os ganhos com a entrada da simulação realística na grade curricular do curso de Veterinária da Anhembi Morumbi: “Antes dos simuladores, usávamos formas alternativas para treinar as habilidades dos estudantes, mas nem sempre conseguíamos os mesmos resultados. Por exemplo, os alunos aprendiam a suturar no bastidor com pano – que permite entender a técnica da sutura, mas os resultados são muito melhores quando são utilizados os pads que simulam a pele e a textura real do paciente”.
Segundo Aline, a autoconfiança que a simulação realística possibilita aos alunos é também uma das grandes vantagens do treino simulado: “Os alunos ganham mais segurança para enfrentar a prática real, pois podem treinar nos simuladores até mesmo sem a presença dos professores, o que amplia o aprendizado para além do período de aulas. Além disso, mostram-se mais engajados, já que se sentem motivados ao vivenciar a experiência como se fosse uma situação real. Com a prática frequente, os desafios do dia a dia tornam-se mais leves para serem superados. Hoje há também uma relevante preocupação com a saúde mental e a possibilidade do estudante de eventualmente causar um problema ao paciente real muitas vezes limita seu aprendizado, o que não acontece quando usamos os simuladores”.
A Coordenadora salienta ainda que, atualmente, a Medicina Veterinária dispõe aos estudantes muitas possibilidades para treinar suas habilidades: “Os estudantes que utilizam todos os recursos disponíveis durante a formação chegam ao mercado de trabalho mais confiantes e preparados para lidar com a rotina profissional. Por isso, todas as iniciativas que favoreçam o desenvolvimento de habilidades são bem-vindas e quanto mais investirmos no uso de simuladores no ensino, mais capacitados estarão os alunos para enfrentar a prática real com segurança e eficiência”, diz Aline Zoppa.
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