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Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

FEAPAES/SC ressalta a importância da conscientização e do apoio às famílias

Foto de duas garotas em uma mesa escolar. A menor de uns 3 anos, tem síndrome de down, cabelos claros e está usando um laço de fita na cabeça e um vestido rosa. Ela está segurando 3 lápis coloridos na mão e está sorrindo.  A outra menina em segundo plano tem uns 5 anos, cabelos loiros e uma maria-chiquinhas e vestido azul.

De 21 a 28 de agosto, é celebrada a Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, cujo propósito é promover uma transformação social por meio do conhecimento e conscientização para eliminar as barreiras em relação à inclusão social, que precisa ser construída diariamente por todos: pessoas com deficiência e suas famílias e, sobretudo, pela sociedade.

A campanha foi desenvolvida pela Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) desde 1963 e introduzida no calendário nacional pela Lei nº 13.585/2017. Este ano, a Semana terá como tema “Conectar e somar para construir inclusão”, cujo objetivo é mostrar à população que, diante da força da Era da Informação e de seus impactos, a conexão – por meio da comunicação interpessoal e digital – é uma ferramenta capaz de ampliar horizontes e perspectivas, permitindo, consequentemente, a união de esforços em torno de uma corrente: a construção da inclusão.

Construção essa que, para a presidente da Federação das Apaes de Santa Catarina (FEAPAES/SC), Alice Thummel Kuerten, exige esforços contínuos de conscientização, daí a suma importância da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla: “Considero fundamental a Semana, pois há muitas legislações que visam a inclusão da pessoa com deficiência, mas são inúmeras as dificuldades na prática, na execução das leis e dos direitos da pessoa com deficiência no dia a dia, que é repleto de obstáculos. E para que consigamos amenizar tais barreiras, é preciso um constante processo de conscientização, relembrando com frequência a sociedade de que forma todos nós podemos ser agentes da transformação e da inclusão social, seja no âmbito escolar, no mercado de trabalho, entre outros. Por isso, de 21 a 28 de agosto, as nossas 197 filiadas promovem diversas ações com o apoio da FEAPAES/SC para conscientizar a sociedade, à medida em que o olhar está voltado à pessoa com deficiência e, dessa forma, devem ser ressaltadas as suas capacidades, ao invés de suas dificuldades”, diz a presidente.

Ela ressalta ainda a importância das instituições de apoio às APAEs sempre estarem atualizadas em relação aos direitos das pessoas com deficiência intelectual e múltiplas, além do conhecimento em tecnologia assistiva. “A FEAPAES/SC sempre se preocupa em estar constantemente atualizada por meio da participação em eventos de tecnologia sobre novos recursos, que, sempre que possível, são adquiridos para as nossas filiadas. Exemplo disso foi um projeto grandioso que realizamos para o atendimento de pessoas com Transtorno de Espectro Autista: adquirimos inúmeras licenças do software Boardmaker, de Comunicação Alternativa para as APAEs de Santa Catarina, que passaram a criar atividades interativas digitais e impressas, com base no modelo de ensino estruturado, além de aperfeiçoar a estrutura de atendimento com orientações visuais dos sistemas de trabalho, permitindo ainda a implementação de rotinas de apoios visuais, entre outros diversos benefícios. Ministramos também palestras e capacitações aos profissionais que atuam diretamente nas APAEs, entre diversas outras ações. Além disso, temos como missão a participação de todos os conselhos da FEAPAES/SC no respaldo às famílias quanto aos direitos da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, incentivando e apoiando, principalmente, que cada APAE seja ativa em sua cidade de atuação”, salienta Alice.

Em relação à Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla, a presidente destaca: “Que as pessoas olhem a Semana com um olhar de possibilidades, de capacidade das pessoas com deficiência intelectual e múltipla, e também possam se colocar no lugar dessas pessoas, apoiando-as em suas potencialidades. E, principalmente, que possamos amparar as famílias que se sentem perdidas quando recebem o diagnóstico de um familiar com deficiência intelectual. Ressalto que o movimento de apoio às famílias é muito importante e sugiro ainda que todos aqueles que têm um filho com deficiência, que não apenas o deixem à escola pela manhã para buscá-lo somente à noite. Que os pais participem das atividades na escola, na educação desse filho e em sua evolução, porque, dessa forma, a pessoa com deficiência se sentirá valorizada e conseguirá fazer em casa as atividades praticadas nas APAEs – e é assim que a inclusão vai acontecendo em todos os âmbitos, não apenas no terapêutico”.

Redação Civiam

Entrevistas, histórias reais e conteúdo sobre diversos aspectos ligados às Tecnologias Assistivas e à educação na saúde.

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