
Um dos principais desafios para os educadores era como atrair e manter a atenção dos alunos ao longo de seu aprendizado. Porém, com a pandemia de COVID-19, todas as instituições de ensino passaram a enfrentar um desafio completamente diferente: como continuar dando aulas para alunos que já não eram atraídos pela teoria e que agora estão impedidos de frequentar a prática clínica?
Hoje em dia, pacientes virtuais têm sido introduzidos no programa das instituições de educação de saúde como uma solução para o desafio da pandemia que vivemos, fornecendo um recurso de aprendizagem prática e envolvente para educadores e alunos. Nas faculdades de enfermagem e medicina, alunos e educadores já reconhecem os benefícios de incluir pacientes virtuais em seu currículo.
“Os educadores precisaram agir rapidamente. Precisaram pegar o que tinham, o que faziam muito bem e imaginar como isso poderia ser entregue aos alunos”, comentou Lorraine Betts, educadora de enfermagem do George Brown College do Canadá.
Tina Garza, diretora da Harlingen School of Health Professions do Texas, EUA, mencionou que “depois desta pandemia, todos os professores viraram “novos professores”. Todos nos tornamos líderes e pioneiros”.
Em outubro passado, três educadores do Canadá, Estados Unidos e México, além de um estudante italiano de medicina, participaram como palestrantes convidados no Laboratório de Aprendizagem Body Interact, promovido por meio da Sociedade de Simulação de Cuidados de Saúde.
Nesse primeiro artigo, compartilhamos com você a incrível história de Shaul Gorden que, junto com seus colegas, convenceu sua universidade a implementar o Body Interact em seu currículo.
Estudantes querem Body Interact em sua universidade
Shaul Gordon, nosso estudante convidado, é aluno do 5° ano de medicina da Universidade de Pavia e no ano retrasado (2019) junto com três associações de estudantes diferentes da Universidade de Pavia, incluindo o Grupo KOS, Associação Europeia de Estudantes de Medicina de Pavia e Sociedade Médica de Harvey (da qual Shaul é o presidente), preparou uma semana de atividades com pacientes virtuais com a ajuda da Equipe Body Interact.


Com o simulador de paciente virtual, 500 estudantes puderam entender como suas ações influenciam o bem estar do paciente, participando de equipes de competição de pacientes virtuais, resolvendo cenários clínicos em sala de aula e tomando decisões com seus colegas de sala, tendo o educador como facilitador.
O principal objetivo da demonstração foi ajudar a administração da Universidade a compreender como os pacientes virtuais permitem que estudantes de medicina e enfermagem coloquem seus conhecimentos em prática em um ambiente simulado seguro.
No final da semana, o conselho ficou tão impressionado com a experiência e o feedback dos alunos e educadores que decidiu introduzir o Body Interact em seu programa.
Imitar emoções da vida real
“Ao longo da situação de pandemia do COVID-19 na Itália, todos os professores da Universidade de Pavia estiveram fortemente envolvidos na crise da saúde”, explicou Shaul. No entanto, para garantir a continuidade das aulas, o programa foi reestruturado e os cenários clínicos do Body Interact foram atribuídos diretamente aos alunos para que eles tivessem a chance de aprender, reforçar seus conhecimentos, manter a prática clínica em andamento e manter o nível de motivação.
Para o futuro profissional de saúde, “a única forma de se preparar é repetir constantemente as habilidades até chegar ao ponto em que está usando-as sem nem mesmo pensar nisso”. Por isso, a chance de ser o responsável, em um ambiente virtual seguro, ajuda o aluno a aprender com seus erros e a repetir o caso clínico para consolidar suas habilidades e conhecimentos. Para informações mais detalhadas, leia a matéria completa sobre a experiência da Universidade de Pavia com o Body Interact e veja como os alunos podem ter um impacto no currículo acadêmico e, consequentemente, em sua própria formação acadêmica.