
Janeiro Branco é uma campanha de conscientização e prevenção da humanidade em relação à saúde mental e emocional, lembrando que no primeiro mês do ano, em termos simbólicos e culturais, as pessoas estão mais propensas a pensarem em suas vidas, em suas relações sociais, em suas condições de existência, em suas emoções e em seus sentidos existenciais. Ainda mais porque segue dezembro, mês em que comumente fazemos reflexões em relação a tudo que aconteceu durante o ano e traçamos os desejos para o ano vindouro.
Além de tudo que é característico ao final e início de ano, soma-se ao período a situação da pandemia que ainda persiste com a nova variante da Covid, juntamente com o surto do H3N2, que acabou obrigando o isolamento de inúmeras pessoas que se contaminaram antes mesmo das confraternizações e tiveram que passar sozinhas as datas comemorativas; além daqueles que sofrem com as sequelas do pós-covid, como problemas de saúde e emocionais.
A campanha Janeiro Branco teve início em 2014 e destaca a importância de, no início do ano, como em uma “folha ou em uma tela em branco”, que todas as pessoas possam ser inspiradas a escrever ou a reescreverem as suas próprias histórias de vida.
E, mais do que isso, ressalta o combate aos tabus e preconceitos que ainda existem em relação à busca de ajuda profissional no trato das doenças emocionais, como a depressão e ansiedade, que ainda são tratadas por muitas pessoas sem a devida seriedade que precisam. Por isso, a qualquer sintoma de apatia, tristeza, falta de vontade de viver, alterações no sono, sensação de que a vida perdeu cor, alterações no apetite, medo excessivo, sensação de morte, entre outros aspectos, é imprescindível buscar ajuda médica.
O psiquiatra Agamenon Honório, em entrevista à Band News sobre o Janeiro Branco, ressalta a importância das pessoas estarem bem no presente, ao invés de se prepararem para o ano todo de 2022. “Estando bem no hoje, consigo mesmas e a todo instante, é mais fácil estarem bem com os outros e, assim, fazerem uma projeção melhor para o futuro”, explica. Assista: