
O ato de amamentar é visto com certo romantismo por ser um momento encantador de elo entre a mãe e o bebê. Mas, a grande maioria das mães de primeira viagem enfrenta grandes desafios na hora da amamentação. O que acontece é que, por falta de orientação e treino, diversos problemas acontecem e tal momento passa a ser de total desconforto para as mulheres: dores no mamilo pela pega do bebê, peito duro demais, rachaduras e fissuras são alguns deles.
Como as mães acreditam ser problemas inerentes à maternidade, dificilmente procuram ajuda. Consequentemente, o que deveria ser um ato natural e genuíno, passa a ser um transtorno para elas. As orientações dadas pelas enfermeiras no hospital no pós-parto, ainda que importantes, são, porém, na grande maioria das vezes, insuficientes em relação às informações mais profundas que as mães precisam ter, tais como: preparar o peito para a amamentação, como lidar com o peito empedrado, como retirar o colostro, como posicionar corretamente o bebê no peito, o que fazer com mamilos planos, entre outros.
Orientação e treinamento
Muitas mulheres acreditam que o bebê, por instinto, sabe a forma correta de encaixar a boca no mamilo, o que não é verdade: a mãe precisa posicioná-lo e, assim, ele faz a sucção do leite sem provocar dor à mulher. Por isso, apesar de pouco difundido, o treinamento de amamentação até mesmo antes do nascimento da criança é essencial para evitar não apenas o desconforto da mulher, mas também do bebê, que fica exausto quando não consegue se alimentar de forma adequada, seja porque a posição está errada ou porque o peito da mãe está empedrado. Outro fator é que, quando o bico fica machucado, muitas mulheres passam pomada para cicatrizar, o que piora ainda mais a situação, porque torna o local mais liso, dificultando a ‘pega’ do bebê. O leite materno é o mais indicado para passar no local da fissura, que é um cicatrizante natural.
É preciso, então, que a mãe aprenda a ‘preparar o peito e a aréola’ com movimentos adequados, como fazer massagem e movimentar o peito de forma correta, o que fluidifica o leite e facilita a amamentação, evitando os desconfortos mencionados.
Vale lembrar que além do treinamento de pais, é essencial que as equipes de enfermagem e médicos também se capacitem sobre a amamentação para que orientem suas pacientes de forma correta, fundamental para garantir a saúde, tanto da mãe quanto do bebê.
Em breve teremos novidades que ajudarão a fortalecer as habilidades de resolução de problemas, diagnóstico e gestão de amamentação. Aguarde!