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Dia Mundial do Braille

A história da primeira máquina Braille vendida no Brasil

Foto em close de uma máquina braille, mostrando um papel impresso em braille

O ano inicia com o Dia Mundial do Braille, comemorado em 4 de janeiro, data de nascimento de Louis Braille em 1809, que tornou-se cego aos 3 anos e é considerado o inventor do sistema Braille. Trata-se da representação tátil de símbolos alfabéticos e numéricos que possibilitam a escrita e leitura, através da combinação de 1 a 6 pontos entre si. É lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos e tradicionalmente escrito em papel relevo. Por ser uma linguagem universal, o Braille pode ser adaptado a diversos alfabetos, sendo uma das principais formas de acessibilidade à informação das pessoas cegas.

Foto de jornal antiga, com uma senhora de óculos, cabelos claros e curtos, segurando uma máquina de escrever braille. Atrás dela diversas caixas.

E, pensar na história do Braille é também relembrar a jornada da Civiam, que foi fundada em 1964 para prover o mercado de soluções em educação. A partir da década de 70, a Civiam aguçou ainda mais o seu pioneirismo característico, sendo a primeira empresa a comercializar máquinas Braille no Brasil, tornando-se representante oficial no país da Perkins, uma das mais importantes fabricantes de máquinas de escrever em Braille no mundo, cuja sede é nos Estados Unidos. Dessa forma, a empresa ultrapassou os grandes desafios inerentes à importação na época, uma vez que importar itens do exterior era algo extremamente complexo.

A receptividade das máquinas Braille no mercado brasileiro foi um sucesso ao possibilitar o acesso à educação de crianças com deficiência visual. Assim, ao perceber a necessidade de oferecer mais recursos para a inclusão desses estudantes, a Civiam passou a investir mais fortemente no segmento, tornando-se, também, distribuidora em todo o território nacional das impressoras suecas Index Braille, favorecendo não só estudantes, mas também empresas que desejavam oferecer serviços para este público, com materiais em Braille. A Civiam montou ainda uma gráfica Braille, que funcionou até meados de 2017, para oferecer também transcrição e impressão em Braille de livros, extratos bancários, contas de água, luz e telefone, entre diversos outros materiais de segmentos variados.  

E preocupada em oferecer recursos para melhorar a qualidade de vida das pessoas cegas, a Civiam comercializava também regletes, punções, relógios adaptados, sorobãs e bengalas. Com o reconhecimento ascendente como empresa fornecedora de soluções a pessoas com deficiência visual, a Civiam participou também de um grandioso projeto do governo federal, ao fornecer milhares de kits compostos por punção, reglete, bengala e sorobã, que foram distribuídos para escolas de todo o país, proporcionando muito mais inclusão às crianças cegas. 

Em relação ao Dia Mundial do Braille, a Civiam deixa a seguinte mensagem à sociedade: “Que esta data nos lembre não apenas da importância do Braille como inclusão das pessoas cegas, mas, que proponha a todos a reflexão de que, com amor, dedicação e força de vontade, sempre há maneiras de melhorarmos a qualidade de vida de quem precisa”.

Hoje, além de variados modelos de máquina de Braille Perkins e de regletes (positiva e negativa) e punções, a Civiam disponibiliza diversos recursos adaptados em Braille, como jogos pedagógicos para o aprendizado do Braille; jogos de numeral e quantidade, baralho, relógio infantil em madeira, teclados adaptados, relógio e calculadora falantes, organizador de medicamentos, rotuladora, mapa mundi e globo terrestre com relevo, jogo de xadrez, entre outros. Confira todos os itens adaptados em Braille em www.lojaciviam.com.br/cegos-e-baixa-visao

Redação Civiam

Entrevistas, histórias reais e conteúdo sobre diversos aspectos ligados às Tecnologias Assistivas e à educação na saúde.

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