Neste Mês da Comunicação Aumentativa e Alternativa, nada melhor do que celebrar a inclusão com exemplos inspiradores de boas práticas pelo país. Em Taubaté (SP), o Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília viveu um momento histórico: a entrega, em setembro, de novos equipamentos de tecnologia assistiva (TA), que irão beneficiar mais de 580 pessoas com deficiência atendidas pela instituição.
“Os recursos de TA possibilitarão atender às necessidades das pessoas com deficiência, especialmente aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), numa perspectiva de prevenção de agravos, na promoção e na recuperação da saúde. A proposta valoriza o cuidado continuado, humanizado e integral, favorecendo o aumento da autonomia, da independência e da inclusão social dessas pessoas, ao mesmo tempo em que assegura qualidade, eficácia e eficiência na assistência prestada. Além disso, os equipamentos ampliam e agilizam o acesso à informação, facilitam a aprendizagem, reduzem barreiras de comunicação, e tornam as tarefas rotineiras mais simples. Essa otimização contribui ainda para diminuir a carga de trabalho dos profissionais, permitindo que os terapeutas concentrem seus esforços no uso terapêutico dos recursos quanto à ampliação das habilidades dos atendidos – promovendo, assim, maior independência e autonomia”, destaca Silvia Helena dos Santos, Terapeuta Ocupacional e Gestora de Saúde Mental e Deficiências da Prefeitura de Taubaté.
Ela complementa: “Por isso, os novos recursos terão um impacto direto na qualidade de vida tanto das pessoas assistidas, quanto dos profissionais envolvidos. A iniciativa está em sintonia com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência, uma vez que a aquisição desses equipamentos promoverá a ampliação das formas de comunicação dos assistidos, facilitará o acesso à informação e ao ambiente, fortalecerá a inclusão social e, consequentemente, elevará a autoestima dessas pessoas”, salienta a Gestora.
Ela complementa: “Por isso, os novos recursos terão um impacto direto na qualidade de vida tanto das pessoas assistidas, quanto dos profissionais envolvidos. A iniciativa está em sintonia com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Pessoa com Deficiência, uma vez que a aquisição desses equipamentos promoverá a ampliação das formas de comunicação dos assistidos, facilitará o acesso à informação e ao ambiente, fortalecerá a inclusão social e, consequentemente, elevará a autoestima dessas pessoas”, salienta a Gestora.
Silvia destaca ainda que entre os planos do Ambulatório com a chegada dos novos recursos está a Educação Permanente e Continuada dos profissionais que utilizarão as tecnologias assistivas. “A capacitação é uma ferramenta de extrema importância e relevância para a aplicação assertiva dos recursos adquiridos, uma vez que, possivelmente, o Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília proporcionará aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) maior integralidade do cuidado em saúde, para também contribuir na diminuição da sobrecarga desnecessária em outros serviços”.
A visão inclusiva da gestão municipal
A Gestora relembra que conheceu os recursos de Tecnologia Assistiva em 2023, por meio da AACD. “Tivemos contato com as ferramentas de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) utilizadas pela instituição e percebemos o quanto poderiam enriquecer o trabalho dos profissionais do nosso Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília, especialmente no aprimoramento do atendimento às pessoas com deficiência. A partir dessa experiência, realizamos diversas reuniões e avaliações técnicas com profissionais de diversas áreas da saúde e então levamos a proposta à vereadora Talita Cadeirante, que prontamente acolheu a nossa demanda e tornou possível a concretização do projeto”, destaca Silvia.
Assim, como ponto de partida da ação, a parlamentar ouviu os relatos dos profissionais do Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília, que destacaram a necessidade de modernizar os recursos utilizados nos atendimentos. “Os servidores públicos, que estão em contato direto com a população, são quem melhor conhecem as demandas reais. Quando soube dessa necessidade, não tive dúvidas de que era um investimento que nosso mandato deveria priorizar”, afirma a vereadora. Com base nisso, ela destinou uma emenda na Lei Orçamentária Anual de 2024 para a aquisição dos novos equipamentos, que foi aprovada em plenário e viabilizada ao longo do primeiro semestre de 2025. Assim, a entrega oficial – e emocionante – aconteceu em setembro. Confira no link: https://bit.ly/entrega-tecnologia-assistiva
Ela complementa: “A ação simboliza mais do que a chegada de recursos materiais, é a conscientização de uma política pública voltada à inclusão, construída com diálogo entre sociedade, profissionais da saúde, gestão pública e o mandato legislativo”.
Uma história de superação e propósito
Talita Cadeirante se tornou uma pessoa com deficiência aos 17 anos, após uma lesão causada por uma doença autoimune rara, a neuromielite óptica, que ataca o sistema nervoso central, afetando principalmente o nervo óptico e a medula espinhal. “Após quase um ano tentando fechar o diagnóstico, tive catapora, o que agravou o quadro e me tornou cadeirante”, explica.
O episódio aconteceu enquanto cursava o 3º ano do Ensino Médio: “Foi um período muito desafiador. A escola informou que eu poderia terminar os estudos em casa – o que, na época, pareceu um cuidado e acolhimento à minha condição. Mas, hoje, com o entendimento sobre capacitismo e direitos da pessoa com deficiência, percebo que fui negligenciada ao perder a oportunidade de concluir meus estudos juntos aos meus colegas”, emociona-se Talita, ao compartilhar sua história durante a entrega dos recursos ao Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília.
Ela complementa: “Sou professora de formação, e acredito que a educação é a base de tudo. A tecnologia assistiva é uma das ferramentas mais poderosas para garantir autonomia e dignidade às pessoas com deficiência. Por isso, ver os recursos chegando ao Ambulatório de Reabilitação Madre Cecília foi muito emocionante, porque representa autonomia, dignidade e respeito – o que toda pessoa com deficiência precisa para viver plenamente. Ou seja, um passo enorme em direção à verdadeira inclusão em nossa cidade e a concretização do que eu realmente acredito: uma política que, de fato, transforma a vida de muitas famílias”, destaca a vereadora.
